Será que não estou acostumado com o meu jeito de ser? Se eu deixar de ser assim, quem eu serei? As pessoas não vão estranhar se eu mudar? Eu posso mudar?
Percebo nas respostas dessas perguntas algumas limitações?
Eu escolhi ser assim? Como eu venho sendo, faz sentido para mim? Estou sendo o que eu gostaria de ser ou estou me adaptando ao que esperam que eu seja, mendigando a atenção?
Aquilo que não me agrada em mim, diz respeito a incoerência entre o que fui aceitando pela existência e aquilo que de fato sou na minha essência (o que faz sentido para mim ser, que me dá paz).
A questão é que preciso ser alguém, necessito de uma identidade. Então se eu não parar para decidir a identidade que me interessa, aquela que me da paz, simplesmente estarei preso no que venho sendo.
O primeiro passo consiste em escolher quem faz sentido para mim que eu seja.
Isto faz sentido, só isso basta?
Sem ação, não há movimento. Na sequência sigo no sentido da minha escolha.
É importante entender que existe resistência psíquica e física, isso mesmo, meu organismo está acostumado com o meu jeito de ser e, por uma questão de sobrevivência, resiste à mudança. Tudo que “tenho que” é um estimulo aversivo, ou seja, aumenta a resistência. Como fazer então?
Quando digo para mim mesmo, está tudo bem eu ser assim, eu me amo, quebro esse bloqueio do organismo. Agora meu cérebro passa a me escutar.
Nesse momento é hora de propor consciência. Ok eu ser assim, mas vamos ver o que isso causa em nós? Quais as sensações físicas? Quanto gastamos de energia? Esse comportamento nos torna melhores? Qual o impacto disso nas pessoas a nossa volta? Está fazendo sentido ser assim?
Agora nosso cérebro está aberto a novas possibilidades. Então proponho: Vamos viver a mesma experiência com uma nova escolha? Deixo que em minha mente seja vivido a mesma situação com essa nova proposta… Aqui estou treinando meu organismo para a nova identidade.
As ferramentas: mapa do auto amor e A sua novela, podem ajudar nesse processo.
Existe ainda outro motivo para estarmos presos a nossa identidade atual, o que diz respeito aos apegos: posses, culpas que jogamos em nós mesmos e nos outros… Aqui novamente vale a pena fazer um olhar consciente para a situação, até que ponto é saudável me prender a essa situação? Isso vai me fazer melhor? Vai gerar benefícios ao meu entorno? Até quando vou ficar preso nisso?
Outra reflexão que cabe nesse ponto é a seguinte: tudo o que eu vivi, incluindo todas as experiências mais intensas, faz com que eu seja quem eu sou. Enquanto escolho ficar prezo às dores do processo não consigo realizar o potencial que desenvolvi e nem perceber tudo o que já realizei.
Como estamos falando de um processo evolutivo, esse movimento passa a ser repetido várias vezes até que, aos poucos, vamos consolidando a nova identidade. Quanto mais investimos nesse exercício, mais rápida é a evolução.
Estamos falando aqui de sair do domínio do inconsciente para o domínio de uma consciência superior.