Acolhimento Amoroso

Se não viu ainda, veja a ferramenta o que nos limita?

Quando brigamos conosco mesmo reforçamos aqueles comportamentos e situações que nos desagradam. Quanto mais brigo com minha raiva, por exemplo, com mais raiva eu fico.

Então como trabalhar em mim as questões que sinto que não são boas?

Lembre, se não acho boas, é porque são mais fortes que eu, não escolhi conscientemente aquela situação, faz sentido para você?

Sou composto de vários Eus em diversas fases da minha vida, minhas crianças internas, com as respectivas situações que formaram minha identidade.

Em algumas situações, sem que eu tenha controle, uma dessas crianças age. Por exemplo: uma pessoa adulta que não gosta de doce, quando entra no supermercado vai direto comprar vários doces. Quem de fato comprou os doces? Provavelmente, sua criança que foi privada dos doces quando pequena por algum motivo.

No Acolhimento Amoroso, vou conversar com cada uma das minhas crianças em momentos específicos. Por exemplo, se sentir raiva, vou primeiro dizer para mim mesmo, está tudo bem, eu te amo, confie em mim, é normal todo o ser humano sentir raiva.

Na sequencia imagino que estou numa montanha, por exemplo, e grito toda essa raiva, até sentir que aliviou completamente. Então novamente converso comigo mesmo: vamos refletir sobre o que aconteceu, para quem essa raiva fez mal? Ela colaborou com alguma coisa? imagine a mesma situação vivida sem esta raiva, não fica melhor?

Proponho uma conversa reflexiva. Repare que em nenhum momento aponto o dedo para aquele ser que sentiu raiva.

Depois da reflexão imagino que estou abraçando essa minha criança e digo, esta tudo bem, eu te amo, confie em mim, você é uma pessoa doce, tranquila… (trago atributos que eu gostaria de colocar no lugar dessa raiva). Sugiro que imagine uma luz muito forte iluminando toda a situação com as pessoas envolvidas, transformando tudo em amor e aprendizado, libertando as energias daquela situação.

Desta forma, ao invés de dizer que não posso ter determinados sentimentos (não querendo olhar para eles, como se não fizessem parte de mim), acolho, deixo que se expressem na imaginação (pode ser também através da escrita, desenhos, manipulação de argila…) aliviando a carga, depois trato dessa ferida com amor, dou-lhe novos significados e me libero das energias envolvidas na situação.

Todos os demais tipos de sentimentos e situações vou tratar sempre dessa forma amorosa.

O primeiro passo para mudar é reconhecer em mim minhas limitações e fragilidades sem julgamento. Enquanto eu negar essas situações em mim não consigo fazer meu processo de autoconhecimento.

Fez sentido para você?

Veja uma possibilidade de ressignificar na ferramenta a sua novela.